O
jovem atleta se sentia perseguido pelo desejo de se suicidar. Tornara-se vítima
de conflitos interiores insuportáveis.
O
pai, em desespero, propôs-se a ajudá-lo.
Levou-o a conhecer templos maravilhosos de várias religiões em muitos países.
Fez com que o filho amado conversasse com expoentes famosos das diferentes
religiões.
A
peregrinação findou-se. O jovem na mesma... cabisbaixo, deprimido, inerte.
Até
que, antes da viagem de retorno, caminhando por um atalho florido da Índia,
acompanhado do pai e do guia turístico, ele encontra uma mulher ainda jovem,
cheia de chagas, com uma criança no colo. Timidamente ela abre as mãos, pedindo
ajuda. O guia traduz o pedido e o pai do atleta diz que levará uma quantia ao
endereço dela. No dia seguinte os três vão à sua residência, que é apenas uma
choupana. A quantia é depositada nas mãos da mulher. Guloseimas são dadas pelo
jovem à criança. Num ímpeto de alegria a pequena se agarra às pernas do atleta.
Em sua linguagem diz: mãe, vamos com eles. A tradução de suas palavras,
desperta o jovem, que, emocionado, pega a criança em seus braços e faz com que
ela deite a cabecinha inocente em seu ombro.
A emoção daquele abraço ele nunca mais esqueceu.
No
caminho de volta, meditou: eu tenho tudo, ela nada. Eu quero fugir da vida e
ela luta pela vida. Meu Deus, me permita ajudar essa família.
O
pai lhe deu essa esperança. E ele, em cada fim de ano, voltava à Índia. Passou
a ser um tutor da menina, agora já sem mãe, sem pai, sem parentes.
O
reencontro desse afeto, nascido em existência anterior, livrou o jovem do
suicídio. Sua vida revestiu-se do mais puro amor.
Lembre-se:
todo aquele que dá um sentido em sua existência, torna-a bafejada por uma fortaleza e maturidade que plasmam a
Vontade de Viver.
- Um Espírito Amigo